A crise financeira é um fenômeno que afeta diversos setores da economia, e com o mercado imobiliário não é diferente.
Logo, é importante entender os impactos da crise econômica globalizada no setor de imóveis no país e como isso afeta os investidores e os que desejam comprar imóveis.
Afinal, haverá aumento ou queda nos preços no segmento? Como a crise afeta os diferentes setores neste mercado?
Continue lendo este artigo para saber mais detalhes!
Crise financeira internacional e reflexos no Brasil
No início de março, foi anunciada a falência de instituições financeiras dos Estados Unidos (Signature Bank e Silicon Valley Bank).
Isso trouxe repercussões profundas entre investidores e instituições bancárias em todo o mundo.
Mas o que isso tem a ver com o Brasil?
Vivemos em um mundo globalizado e, como tal, é preciso considerar possíveis reflexos na economia brasileira, levando em conta fatores como inflação, Selic, dólar e Bolsa de Valores.
Selic
A Selic está em 13,75% ao ano, o mais alto percentual desde o fim de 2016. A decisão do Copom em manter pela quinta vez consecutiva essa taxa de juros tem como parâmetro a crise internacional dos bancos.
Além disso, houve aumento da inflação em todo o mundo, e não apenas no Brasil, que teve como algumas das causas a Guerra na Ucrânia e os impactos da pandemia.
Inflação
Em 2022, a inflação global foi de 8,8%. Porém, a estimativa é a de que em 2023 seja de 6,6%, segundo a Uol.
A crise financeira no Brasil tem como um dos fatores a inflação alta. Nesse contexto, o IBGE aponta que, no Brasil, a inflação acumulada nos últimos doze meses em fevereiro de 2023 foi de 5,6%.
No setor de Habitação, as maiores variações do IPCA aconteceram em Salvador (3,99), Belo Horizonte (3,93), Vitória (2,19) e Curitiba (2,44) e Campo Grande (2,88). Em todo o Brasil, a variação foi de 1,16.
Dólar
Quanto ao dólar, houve oscilações em março, com queda de 1,15% e queda de 2,18% no ano de 2023.
De acordo com o Globo, as projeções do dólar até o final de 2023 variam entre R$ 4,75 a R$ 6,30.
Vale lembrar que o dólar alto tem impactos negativos no setor de construção civil, pois os custos tendem a subir. Consequentemente, os imóveis ficam mais caros.
Bolsa de Valores
Na esteira da crise financeira, o Ibovespa vem apresentando oscilações diariamente e houve uma grande queda no dia 23 de março.
Porém, depois do dia 28 de março retornou aos 100 mil pontos, o que contribuiu para acalmar os ânimos.
Nos últimos seis meses, houve queda de 13,57% no Ibovespa e, no último ano, a queda foi de 14,77%.
Para quem não sabe, o Ibovespa é um índice que tem como referência as ações negociadas na Bolsa de Valores (B3).
E o setor imobiliário e de construção civil conta com empresas que estão entre as principais listadas na B3.
Porém, apesar das oscilações, especialistas acreditam que, em relação aos investimentos, existem boas perspectivas para Fundos de Investimentos Imobiliários.
Por outro lado, com a crise das varejistas, há também impactos negativos sobre os fundos imobiliários.
Mercado imobiliário no Brasil
Apesar do contexto de instabilidade econômica e crise financeira no Brasil, além da crise econômica mundial, o segmento imobiliário no país tem apresentado alta na demanda desde 2022, inclusive com números expressivos de vendas.
De acordo com a Abrainc (associação de incorporadoras), os dez primeiros meses de 2022 foram marcados por um aumento de 11,9% nas vendas de imóveis em comparação com o ano anterior.
Segurança patrimonial
Na verdade, não importa se o momento é de crise mundial ou de crise econômica no país.
Investir em imóveis é algo que sempre está no radar de pessoas que desejam ter segurança patrimonial no longo prazo.
Os imóveis têm valor tangível e duradouro, pois se valorizam com o tempo e podem gerar renda passiva por meio de aluguel.
Além disso, como a demanda por imóveis é constante, eles têm uma alta liquidez no mercado.
Valorização de imóveis
Segundo o Globo, a tendência é que a partir de 2024 haja maior valorização dos imóveis, pois estima-se que haverá queda na taxa de juros. Com isso, adquirir imóveis em 2023 pode trazer boas oportunidades.
Quando um imóvel se valoriza, o preço de mercado aumenta, o que pode trazer lucros significativos para o proprietário.
Essa valorização pode ser impulsionada por diversos fatores, como a região em que se encontra, a presença de novas infraestruturas, a melhoria no transporte público, entre outros.
Outra vantagem é que a valorização dos imóveis pode influenciar positivamente a economia local, pois atrai novos investimentos e estimula o crescimento da região.
Investir em imóveis na planta
De acordo com o INCC-M (Índice Nacional de Custo de Construção), houve reajustes acima da inflação até metade de 2022, mas em 2023 os valores estão voltando a patamares mais atrativos.
Em março de 2022, a alta do INCC-M era de 11,63% acumulados em 12 meses. Já em março de 2023, esse percentual é de 8,17%, segundo a FGV.
Portanto, com as estimativas de redução dos custos da construção civil, esse pode ser um bom momento para comprar imóvel na planta, por exemplo, pois os reajustes dos contratos têm como parâmetro o INCC.
Além disso, uma das principais vantagens é a possibilidade de adquirir o imóvel na planta é o preço mais acessível.
Muitas construtoras oferecem condições de pagamento facilitadas, como parcelamento em longo prazo e financiamento.
Então, apesar da crise financeira, existem também boas perspectivas para o segmento imobiliário no país.
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