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As novas tendências no reajuste de aluguel por conta da alta do IGPM

As novas tendências no reajuste de aluguel é um dos assuntos que mais tem sido discutido nos últimos tempos, mas isso tem uma explicação.

Os contratos de aluguel são reajustados considerando o IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) e houve uma grande alta desse índice no ano de 2020.

Isso acaba levando a um aumento nas negociações, de modo que o valor possa adequar-se à atual realidade do mercado durante o período da pandemia.

O maior problema é que o aumento do índice e o reajuste dos aluguéis acontecem em meio a uma enorme crise na economia nacional e de um alto índice de desemprego.

Portanto, nada mais normal do que as pessoas estarem preocupadas com o reajuste nos valores do aluguel, o que pode acarretar em sérios problemas para uma parcela da população.

O objetivo desse artigo é, exatamente, tratar sobre as novas tendências no reajuste de aluguel por conta da alta do IGP-M.

Vamos lá!

O que é o IGP-M?

Vamos começar falando sobre o que é o IGP-M, essa sigla que tem sido tão falada e que traz tanta preocupação para quem paga aluguel.

O IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) trata-se de um índice de inflação que é calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Esse índice teve um grande aumento no mês de abril de 2020, subindo 1,5%, enquanto que nos últimos 12 meses a alta acumulada dele é de 32%.

A alta de 32% é a segunda mais alta dos últimos 27 anos, desde que houve a implantação do Plano Real no Brasil, gerando o fim da chamada “hiperinflação”.

Apenas para se ter uma ideia de como o IGP-M teve uma alta muito grande, ela é mais de 5 vezes o valor da inflamação geral ao consumidor, que é medida pelo indicador IPCA (no mesmo período de 12 meses, o IPCA é de 6%).

Um dos maiores problemas da alta do IGP-M é o fato de esse índice ser usado como referência para que os valores dos aluguéis sejam reajustados nos contratos de locação de imóveis.

Com a alta do índice, o que se vê é uma aumento nas negociações com o intuito de tentar adequar esse valor que é pago à realidade atual do mercado no momento da pandemia.

O maior problema da alta do IGP-M é o fato de que ela acontece em um cenário no país de crise de desemprego (mais de 14 milhões de desempregados) e de uma grande retração na economia nacional.

E o que as pessoas que moram de aluguel, os corretores e as imobiliárias devem esperar agora?

O que deve ser visto, no caso daquelas pessoas que estão com um contrato de aluguel de imóvel próximo de fazer aniversário, é uma tentativa de negociações em meio a propostas de reajustes mais suaves, evitando grandes altas nos valores.

Portanto, muitos inquilinos deverão estar entrando em contato com os proprietários dos imóveis ou com as imobiliárias responsáveis por eles para fazer essas propostas e chegar a um valor bom para os dois lados.

O reajuste no aluguel baseados no IGP-M

O que se percebeu nos últimos meses é uma “disputa” de visões entre as pessoas que acreditam que usar o IGP-M (que é bastante conhecido também como “inflação do aluguel”) é o certo e outras que não compartilham essa opinião.

Há muitas imobiliárias que resolveram adotar o IPCA, que é a inflamação oficial do IBGE, como a base para fazer o reajuste de novos contratos de aluguel.

Para as empresas que resolveram fazer essa mudança, o que levou elas a adotarem o IPCA foi o fato do IGP-M ser um indicador muito volátil e que em sua composição está atrelada diretamente ao dólar.

Portanto, o resultado é um aumento no valor que está fora da realidade da população brasileira, que tem a inflação pessoal calculada baseada nos produtos que consome.

Essa é uma notícia boa para aquelas pessoas que alugam imóveis nessas empresas, pois o valor do reajuste será feito por meio do IPCA, resultando em uma alta bem menor.

Apesar dessa visão que algumas imobiliárias possuem, há outras que acreditam que o IGP-M deve ser mantido como índice para calcular os reajustes de aluguel dos contratos que deverão ser renovados.

Isso porque algumas empresas, e inclusive algumas associações do ramo, acreditam que o índice seria justo e que o próprio mercado irá se autorregular, absorvendo assim essas variações muito atípicas sobre os índices.

Além disso, um outro argumento seria o de que apesar de o IGP-M estar muito alto agora, há momentos em que ele fica bem abaixo do IPCA, então essa flutuação seria totalmente normal. 

O mais indicado para ambas as partes continua sendo sempre buscar um valor no qual o proprietário não tenha prejuízos com o aluguel e o inquilino tenha condições de pagar.

Para aquelas imobiliárias e proprietários que preferem ficar com a opção do IGP-M, os inquilinos podem sempre tentar negociar o reajuste usando um outro indicador que não pese tanto no preço final a ser pago por ele.

Na maior parte dos casos, os proprietários acabam aceitando modificar o índice de correção do aluguel, mantendo assim seus inquilinos e a renda da locação, evitando perdê-la e não conseguir tão rápido um novo morador para o imóvel.

Conclusão sobre novas tendências no reajuste de aluguel

Como você viu, o IGP-M é um índice que teve uma alta acumulada de 32% nos últimos 12 meses e que deve seguir crescendo nos próximos meses durante a pandemia.

Neste texto, você viu como esse índice é utilizado para calcular o reajuste de aluguel dos imóveis, o que tem gerado problemas para proprietários e inquilinos, muitas vezes sendo intermediados pela imobiliária.

Muitas imobiliárias e proprietários já estão alterando o índice de correção do aluguel para o IPCA, que impacta menos no valor a ser pago por quem aluga um imóvel, já que esse índice foi mais de 5 vezes menos do que a “inflação do aluguel”. 

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