O ano 2020 foi, definitivamente, cheio de mudanças drásticas e que com certeza ainda se verá reflexos em um futuro longínquo. O novo comportamento do consumidor imobiliário veio para ficar.
Foi o ano de uma pandemia que ainda, está longe de acabar. A doença do coronavírus modificou as rotinas em uma escala global.
E isso, obviamente, refletiu no mercado imobiliário. Apesar de toda a crise sanitária, o ramo ainda obteve um leve crescimento, após um período de queda. Mas o comportamento do consumidor deste setor mudou.
Portanto, o que foi modificado? Provavelmente este comportamento não sofrerá mudanças daqui para frente e será uma constante.
Afinal, grande parte dos consumidores que trabalham em empresas, se viram em uma nova rotina: o home office.
O lar que era o local de descanso, agora, passa também a ser o escritório. O tempo longe da família durante o horário de trabalho, não existe mais.
O lar é escritório, o ponto de diversão das crianças, e também, das atividades escolares, e além disso, ainda é o local para os afazeres domésticos.
É uma reconfiguração total e isso refletiu no pedido de variados clientes, seja para comprar ou alugar um imóvel.
Entenda, ao longo deste texto, como ocorreu esta mudança e quais serão os reflexos para os próximos anos.
Como o setor imobiliário mudou em 2020?
Antes de falar sobre o comportamento do consumidor imobiliário, é interessante olhar primeiro para o mercado em si.
Como dito, a pandemia modificou bastante as estruturas da economia brasileira e o setor, obviamente, não passou batido. Todavia, apesar de uma leve queda, o ramo conseguiu se reerguer, deixando corretores e imobiliárias mais tranquilos.
A maior adaptação para o mercado imobiliário foi integrar a internet para o dia-a-dia no escritório.
Recursos como tour virtual, captação de imagens em alta resolução, sites responsivos, investimento maior em marketing digital para captar clientes foram estratégias realizadas para conquistar clientes, e também, driblar o isolamento social.
Provavelmente este método híbrido, ou seja, o físico e virtual andam juntos, veio para ficar mesmo depois do fim da pandemia. É válido destacar que o uso da tecnologia já era uma tendência que apenas foi antecipada.
Principais mudanças no que influenciaram o novo comportamento do consumidor imobiliário
Após compreender como o mercado foi modificado, claro que para o consumidor não seria diferente. Confira, agora, as principais mudanças.
A implementação do home office:
Muitas empresas de diversos setores foram obrigadas a repensar a rotina de trabalho. E nisso, seus funcionários tiveram que utilizar cômodos como a sala, por exemplo, como o escritório.
O tempo que era gasto em transporte + horário de trabalho, agora é feito em casa. Tudo gira em torno do próprio lar. Muitas famílias tiveram dificuldade por várias razões em se adaptar a esta nova ambientação.
Conexão fraca de internet, convivência familiar cruzando com a rotina de trabalho, falta de espaço específico para poder trabalhar.
Por isso, o consumidor procura um imóvel que contenha um cômodo para ser utilizado pontualmente como ambiente de trabalho.
Procura por imóveis maiores ou com mais cômodos:
E claramente, a procura por um espaço maior, reflete na busca em investir em um imóvel que corresponda a este desejo.
Se antes da pandemia, o consumidor procurava por espaços enxutos, graças a rotina de trabalho onde ele passava mais tempo fora do que dentro de casa. Bom, com a implementação da quarentena, o desejo atualmente é inverso.
A propriedade não precisa exatamente ser gigante, caso já tenha um cômodo extra para ser utilizado exclusivamente como escritório, o desejo de investir no imóvel já é saciado.
Assim, o ambiente de trabalho fica separado da casa, assim como o gerenciamento de tempo.
Mas caso, o consumidor tenha uma família, é interessante a ele um espaço maior. Assim as crianças podem brincar e estudar em um espaço exclusivo a elas.
O que significa na prática que a condução do trabalho pode ser realizada com mais suavidade.
Com esta nova configuração, a procura por casas é maior do que por apartamentos. Afinal, as residências geralmente tem quintal ou uma varanda com espaço o suficiente para as atividades de lazer.
Além disso, é importante ressaltar que esta procura atualmente se distancia dos grandes centros. Portanto, o consumidor busca locais mais tranquilos, sem toda a correria da cidade.
Sala, cozinha e quarto devem ser cômodos aconchegantes
Outra mudança amplamente notada no comportamento do consumidor imobiliário é sobre os três cômodos citados no tópico.
A quarentena causada pela pandemia aflorou a criatividade de muitas pessoas. E por isso a cozinha foi palco de inovações e aventuras em um novo hobby: cozinhar.
E como a família passou a viver na mesma casa, em tempo integral, este cômodo em especial também passou a ser de mais convívio familiar.
Já a sala virou um espaço multiuso. É escritório, sala de estar, área de lazer, convívio social e várias outras funções.
Para o consumidor, a partir de agora, este espaço deve ser maior para acomodar todas as funções acima de maneira que todos fiquem aconchegantes.
E por último, o quarto. Alguns consumidores também utilizaram como escritório, mas para a maior parte deles, o quarto deve ser utilizado como refúgio. Ou seja, o seu significado original.
Ser um local tranquilo, onde aconteça o real relaxamento da rotina feita durante o dia.
Como o mercado imobiliário deve se adaptar a estes desejos?
As empresas devem rapidamente atender essas demandas. Com a internet, tudo torna-se mais ágil, então é essencial que no atendimento, o corretor ou a imobiliária consiga entender os desejos do consumidor.
Mas como isso ocorre? Sempre se manter disponível ao cliente. Fazer anúncios que chamem a atenção do cliente. Produzir textos específicos sobre o tema, também, é uma boa estratégia para captar clientes.
Por fim, utilizar a tecnologia a favor da empresa é uma tática que permanecerá por muitos anos no mercado imobiliário.
Conclusão sobre o novo comportamento do consumidor imobiliário
A pandemia foi grande responsável por antecipar uma tendência que viria de qualquer maneira: a mudança do comportamento do consumidor imobiliário.
Os desejos do consumidor são por locais maiores, afastados de grandes centros da cidade e cômodos aconchegantes que possam tornar o isolamento social mais reconfortante.
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